05 May 2019 12:54
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<h1>Como Aprender Pra Concursos - Porção 3 - Depois da Autorização</h1>
<p>Rendeu mais que o esperado a discussão da semana passada, pela qual arrolei expressões e expressões de exercício exclusivo, ou quase, na moradia onde me gerei. Não menos escorubiúdo, e igualmente não dicionarizado, é um substantivo de que o avô materno do primo Ruy se valia para requisitar que se estancasse uma corrente de vento: “Fecha essa sucarra!</p>
<p>”. Em Porto Feliz, minha tia-avó Gilda dava sentido particular à expressão “lira” pra adjetivar pessoa ou objeto de mau adoro: “Fulana é muito lira”, tange o primo Alvaro à guisa de exemplificação. Pela minha família, como em tantas novas, havia frases portadoras de intrigantes deformações. Confira 7 Dicas Para as pessoas que Quer Passar No Concurso Público : pai chamava pijama de “pijame”, e cheguei a suspeitar que a bizarria proviesse do ninho carioca dos Eiras Furquim Werneck, onde ele nasceu. No clã paulista dos Sardenberg, a que pertence meu amigo Izalco, a herança da avó paterna incluiu termo montado pela dona Leomênia para indicar gente grosseira, sem categoria, mal-educada: “retubefá”.</p>
<p>Mais recentemente, a família incorporou outra expressiva esquisitice, o “escapanu”, aplicável, com qualquer coisa próximo do desleixo, a um fulano qualquer: “Quem é este escapanu? ”, querem saber os Sardenberg. Poeta que poucos já puderam ler, o Izalco se encantou mais com a expressão do que com o significado, e se pergunta se no “u” encerramento não haveria um laivo de idioma romeno.</p>
<p>De Mariana, Minas Gerais, o Danilo Gomes levou para Brasília o termo “reculuta” - corruptela, explica, de “recruta”, jovem soldado cujo apetite vertiginoso inspirou o codinome de todo aquele, militar ou não, que dê conta de um pratão de comida. É assim como de Mariana, informa o Danilo, certa maneira - piedosa ou maligna? ”. Origem da expressão? Um Fernanda Bôscolo De Camargo , famoso na cidade na mania de trancafiar-se.</p>
<p>Quanto ao carioca Antonio Carlos, que desfrutou de infância em Cachoeiro de Itapemirim, trouxe de lá o verbo “esburrar”, sacado, pela maioria das vezes, para falar do leite fervente que transborda no fogão. O transbordante saber de Antonio Carlos, de que este cronista vem sendo beneficiário, é prova de que “esburrar” admite significado figurado. Dona de linguagem criativa, talento que teria feito dela uma escritora, minha mãe entortava expressões sem maior cerimônia. Sei o trabalho que daria a um corretor ortográfico.</p>
<p>Na sua prosa, que infelizmente não baixou ao papel, “rebordosa” era “rebordose”, e o substantivo “tendepá” - luta, rixa, confusão - ganhava involuntário acento afrancesado como “tandepá”. Entenda O Que é Um MBA , a dona Wanda, pela fabricação de expressões. 10 Respostas Para Correr Assim como As Provas Curtas , assim como, a injetar significado novo em vocábulos de imediato dicionarizados. “Embondo”, que no Houaiss é “aquilo que dificulta, que embaraça”, ou “estorvo, impedimento”, virava sinônimo de conversa mole pra enrolar o próximo.</p>
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<li>Um Tipos de Organização</li>
<li>97,52% Não buscariam 2,15% Buscariam 0,33% Não quiseram responder</li>
<li>Patricia Argumentou</li>
<li>cinquenta e um Re: Regiões metropolitanas</li>
<li>Prefeitura e MDA estarão na 4ª edição da Femec</li>
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<p>Embondar era o que fazia eu, pela tentativa de esclarecer meus recorrentes malfeitos, escolares ou não. Coisa preguiçosa, de má característica, ganhava de minha mãe o rótulo “ribimba”. Nada a ver de perto - fui conferir - com o verbo “rebimbar”, como faz um sino em momento de excitação. Pela família da mamãe, mineira a mais não poder, usava-se linguagem tão elíptica quanto enviesada, o que impunha ao interlocutor o trabalho de ler bem como - ou principlamente - os silêncios.</p>
<p>Entre os Avelar Azeredo Coutinho da antiga geração, não se dizia que alguém estava bêbado ou de porre, e sim “na losna” - bem que, desconfio, nem ao menos todos soubessem que a expressão designa poderosa beberagem alcoólica, o absinto. Tampouco se dizia que alguém era homossexual. Naquela fortaleza da discrição e da qualidade cristã, não convinha doar nome aos bois - e menos ainda aos mamíferos ruminantes da família dos cervídeos providos de cornos ramificados.</p>